Qual será o futuro das residências universitárias?
A mudança de paradigma causada pela pandemia afetou as mais diversas áreas de atuação, não sendo exceção o setor das residências universitárias. Apesar de serem dos produtos imobiliários mais resistentes, o futuro das residências universitárias permanece incerto.
Ora, o progresso deste setor dependerá, certamente, de vários aspetos, tais como a evolução da economia e dos mercados em geral, condicionada agora à pandemia e à proliferação da vacinação em grande escala.
Apesar deste período conturbado, a escassa oferta de alojamento estudantil ainda é evidente nas grandes cidades universitárias. Deste modo, continua-se a verificar um grande interesse pelo investimento em residências universitárias, especialmente por investidores externos.
Neste contexto, a perceção internacional positiva de Portugal será um fator essencial para a recuperação deste setor. A eficiente resposta à pandemia de COVID-19 e a gradual recuperação da economia portuguesa, assim como as características já antes cobiçadas no mercado português, tais como a qualidade do Ensino Superior, a hospitalidade e a sensação de segurança, revelam-se um forte alicerce para um futuro promissor das residências universitárias.
Importa acrescentar que o futuro deste setor dependerá, inevitavelmente, da procura do público estudantil e da confiança depositada na evolução da situação pandémica e na permanência das aulas presenciais.
Será cada vez mais necessária a adaptação à geração Z, altamente tecnológica, sem descurar o impacto da pandemia nas suas necessidades. Neste sentido, as residências universitárias devem estar ajustadas a um modelo de ensino híbrido, proporcionando internet de alto rendimento, conforto das instalações, espaços amplos e atividades que estimulem o desenvolvimento de competências nas mais diversas áreas.
O cenário é positivo e estima-se um aumento da procura por residências universitárias no início do próximo ano letivo. As aulas presenciais irão, em parte, ser retomadas pelas universidades, com todos os cuidados e adaptadas ao cenário digital que a pandemia propagou. Prevê-se ainda um aumento dos estudantes que se deslocam a Portugal para estudar ao abrigo do Programa Erasmus+, com a retoma da confiança nas viagens e nas medidas de segurança e protocolos COVID-free implementados pelas universidades portuguesas.
Por fim, a visão sobre o futuro das residências universitárias é otimista. O mercado imobiliário e, mais especificamente, o das residências universitárias já provou ser um dos ativos mais seguros, mesmo em tempos de incerteza e instabilidade. Segundo os indicadores previsionais a cinco anos, a elevada margem de crescimento do setor poderá rondar mais de 500 milhões de euros. Deste modo, prevê-se uma retoma de investimento nesta categoria de investimentos imobiliários e uma procura sustentável, revelando-se uma escolha de rentável.