A importância do voluntariado na procura de emprego
Sendo o voluntariado uma (ou várias) atividade(s) de uma natureza tão inegavelmente nobre, é errado encará-lo como uma catapulta profissional. Ser voluntário é querer ser melhor, fazer do mundo um lugar melhor, é esquecer-se do próprio umbigo, é olhar para o lado, antes de olhar para o espelho. Ser voluntário é ser altruísta e não seria ético encetar em atividades em regime de voluntariado, tendo apenas em mente o desejo de enriquecer o currículo.
Embora não seja certo tirar proveito de fazer o bem para o próprio bem, está já bastante generalizado o valor que o trabalho voluntário poderá acrescentar ao seu currículo. Ainda que, acima de qualquer outra coisa, o voluntariado seja a luta incessante por um mundo mais justo, é também ponto assente que é uma experiência enriquecedora tanto num nível pessoal, como eventualmente a um nível profissional. Assim, sem querer desviar a atenção do motivo principal pelo qual alguém deve ser voluntário – e o “termo” voluntário traz consigo muitas responsabilidades – apresentamos-lhe alguns motivos pelos quais o voluntariado poderá ajudá-lo na procura de emprego:
- Desenvolvimento de conhecimentos e aptidões técnicas – Enquanto voluntário numa organização, terá de lidar com diferentes pessoas e diferentes metodologias de trabalho. Muitas das vezes, aprenderá a trabalhar com certas ferramentas, resolver problemas, assumir responsabilidades. Todas estas aprendizagens enriquecerão o seu CV e potenciarão a construção e desenvolvimento do seu eu profissional.
- Soft skills à prova – O voluntariado promove a empatia no ser humano, muitas vezes deparando-se perante pessoas em situações menos favorecidas do que a sua. A empatia é verdadeiramente importante e serão estas experiências irrepetíveis que lhe permitirão desenvolver as suas capacidades de comunicação, a sua sensibilidade e entre tantas outras soft skills, cada vez mais valorizadas pelas empresas.
- Polivalência pode ser um nome do meio. – Muitas das vezes o trabalho de um voluntário é completamente fora da sua área de formação, o que não significa que seja um aspeto negativo. De facto, permitir-lhe-á desenvolver uma polivalência invejável, pô-lo-á à prova e perante novos desafios. Como peixe fora de água, ver-se-á obrigado a sair da bolha, da zona de conforto, que tantas vezes definimos, sem querer. Uma experiência enriquecedora, efetivamente.
Ser voluntário revela proatividade e pode ser um excelente tema de conversa para uma entrevista de emprego. Um tema que, com certeza, passará do processo de recrutamento para as horas de almoço depois de contratado. Um voluntário é alguém apaixonado, pelas causas que o movem, pelo potencial do mundo, pela vida. E, especialmente, se é um jovem recém-licenciado à procura do primeiro emprego, o voluntariado poderá ser um fator genuinamente diferenciador entre tantos outros perfis de jovens com o mesmo diploma, mas sem as mesmas irreproduzíveis experiências.
Tem interesse por este tema? Consulte também:
Associações de voluntariado universitário.